domingo, 1 de abril de 2012

Palavras não ditas


Nos sentamos na areia da praia, como você tinha sugerido, era de madrugada, umas 2 horas da manhã. Você deitou em cima das minhas pernas, por reflexo coloquei a mão no seu cabelo, um sorriso bobo surgiu nos lábios de ambos, e ali permanecemos. Você se levanta, com o cabelo embaraçado, solto uma risada baixa. Você sorri, me analisa e se aproxima cada vez mais, a cada palavra dita, mais centímetros eram diminuídos da distancias dos nossos rostos e corpos. Estava nervosa de estar perto de você, digo, mais perto do que o de costume, meu coração acelerava cada vez mais, sentia que ele iria pular pela minha boca, você aproxima o seu peito contra o meu, pude sentir o seu coração também. Sinto uma mecha do meu cabelo ser mudada de lugar e seu corpo deitar sobre o meu, e ali permanecemos, até o final daquela escuridão encontrar finalmente a estrela da manhã.

domingo, 18 de março de 2012

Querer


Cara, eu tento escrever, realmente tento. Pego uma caneta, preta de preferência mas se eu não encontro (o que sempre acontece) pego a azul mesmo, e pego uma folha de papel branca. Minha tela. A tela onde eu vou desenhar as palavras, para depois expor, assim como tantos artistas. Começo a escrever, com força, depois de ter desenhado as palavras, eu as leio, leio com os mesmos sentimentos que a escrevi, observo, amasso, arremesso até o cestinho de vime. Coloco uma música, quem sabe não vai trazer "inspiração". Tento ser imparcial e ao mesmo tempo tento escrever o tipo de texto que quem ler vai falar "cara, é isso que eu sinto" como é o nome mesmo? sempre fui ruim com nomes, você sabe bem. Quero escreve o tipo de texto pensando em você e que quando qualquer pessoa ler pensar na pessoa que a faz feliz, a faz amar. Quero isso, e quero que quando você leia pense "era pra mim, ela estava pensando em mim". É isso. Tento escrever na maneira que conhecemos o amor, só me vem a cabeça a maneira que te conheci. A maneira que você me faz sentir, clichê. Sentir borboletas na barriga é clichê, mas é verdade.... Quero escrever palavras universais (lembrei), quero escrever o texto mais lindo que você já leu em toda a vida e quando acabar pensar "mano, foi pra mim" quero explicar o que eu sinto quando vejo o seu sorriso, o seu rosto, ouço a sua voz, quero libertar todo esse sentimento que fica dentro de mim, aprisionado, o qual eu tenho medo de te falar com medo de receber um fora, essa insegurança de estar perto de você, esse nervosismo, essa ansiedade de te ver, ao mesmo tempo que eu quero que ela suma eu quero que ela fique, fique para eu saber que o que eu sinto por você ainda existe. E apenas quero que permaneça em mim, não no papel branco manchado de tinta azul, em mim...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Estabilidade

E essa nostalgia dos momentos que passamos juntos? Essas lembranças gostosas dos momentos em que ficamos juntos. Já faz quase um ano, porquê fui pensar nisso logo agora? Logo agora que você já está estabilizado, já está com a sua vida resolvida. Como você conseguiu se organizar? Às vezes eu sinto a sua falta, de verdade. Sinto falta dos nossos abraços, dos nossos toques, dos nossos sorrisos, das nossas brigas seguidas por beijos. Sinto uma falta gostosa deles, uma sensação boa quando eu penso nelas. Sinto falta de te abraçar e ficar. Sinto falta da segurança que você me transmitia. Sinto falta de nós dois. Sempre procurei em outros corpos encontrar você. Fingi sentimentos com outros. Provei outros abraços, toques e beijos. Mas nenhum se comparam com os seus. Forço sentimentos. Forço sorrisos. Forço toques. Forço beijos. Forço os outros serem você.
Eu apenas sinto a sua falta. Mas não posso pedir para que você volte. Não daria certo, nunca deu. Somos diferentes demais. Duvido até que você tenha me amado de verdade. Duvido que você tenha se importado de verdade. Mas como eu posso sentir essa saudade? Será que eu ainda gosto de você? Isso é um pouco estranho de pensar. Somos tão diferentes; mas ao mesmo tempo tão iguais.
Sinto falta da nossa sincronia, dos nossos abraços, dos nossos toques, dos nossos sorrisos, das nossas brigas seguidas por beijos. Queria você próximo a mim. Queria você de novo pra mim. Mas como eu posso pedir isso depois de tudo o que eu te disse? Porquê fui me arrepender de tudo o que eu fiz? Não faz sentido!
Apenas queria estar estável como eu estava com você, como você está sem mim.